Tudo começou a fazer sentido quando
descobri um pouco sobre as coisas da vida.
Foi como se tivessem tirado uma venda dos
meus olhos e estivessem dito: “Você acabou de sobreviver de um naufrágio e
perdeu a memória, basta agora você ir redescobrindo o mundo e sobre você
mesma.”
Apesar de eu ter perdido a memória, um dia
eu sabia quem eu era.
Quando tudo aconteceu foi como se um vazio
estivesse se formado dentro de mim e que minha missão era preenche-lo, como eu
poderia fazê-lo?
Tive que aprender sozinha, como um bebê que
aprende a falar apenas observando as pessoas em volta, eles não precisam de ter
aulas de português.
Empiricamente aprendemos o que precisamos
para sobreviver, alguns precisam de dinheiro, outros de subir de cargo, eu
precisava de mim mesma, descobrir-me.
Cada um tem o que buscar e decidi correr
atrás de quem eu gostaria de ser, inspirando em quem admirava. Às vezes acho
que somos como argila, podemos ser moldados, ou se quiserem dizer um diamante
bruto que vai se lapidando com as ações da natureza.
Tudo ganhou um sentido quando tive meu
primeiro contado com algo que gostava. No início foi a música, depois veio o
Aikido, em seguida a filosofia, até chegar a humanidade.
Sentia-se como um bebê que ia descobrindo e
maravilhando-se com tudo, afinal, tudo era obra de um artista desconhecido,
anônimo que não quis deixar sua assinatura, mas que deixou em meio de suas
próprias artes a consciência para elas mesmas poderem se admirar.
Hoje me sinto mais forte para encarar a
vida. Longa caminhada essa, para hoje entender porque tive que passar por
caminhos tão áridos, graças a isso hoje posso admirar esse oásis à minha frente
e dar devido valor a ele.
Talvez o maior sentido da vida é você
colocar um significado nas coisas e se sintonizar com O Todo.
Não sei sobre tudo, mas pelo menos agora
minha vida tem um sentido...
By: CF
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