domingo, 5 de dezembro de 2010

As pessoas estão viciadas em certezas e seguranças, por que não se abrir ao novo?

Nesses ultimos tempos, estava observando o quanto a ideologia capitalista invade todas as áreas de nossas vidas.
A nossa sociedade capitalista está sempre em busca da estabilidade. O dinheiro em grande quantidade faz os poderosos e as pessoas em si acreditarem que tudo está sob controle, pois na nossa cabeça o dinheiro compra praticamente tudo.
Mas o dinheiro não compra paz interior, nem recursos naturais infinitos..
Essa estabilidade não existe, não está tudo sob controle..
A ciência também nos faz sentir que não devemos nos preocupar, como se houvesse remédio para tudo, até mesmo tristeza.
Tempo é dinheiro e tudo que o capitalismo quer é pessoas produtivas, como robôs. A tristeza é mal vista pois quando caímos o mundo não pode parar para nos esperar e isso está levando um alto número de pessoas a consumirem anti depressivos, que poderia ser evitado em vários casos. Eu digo isso porque já passei por momentos difíceis e fui resistente ao consumo de remédios e procurei achar alternativas diversas para recuperar minha paz interior. A saída é sempre buscar inspirações, meditações, arte, natureza, esporte, e fazer o que realmente gosta, porque quando fazemos o que gostamos a gente se sente mais útil e feliz.
Com toda essa estabilidade ilusória que criamos em nossas mentes, toda vez que um imprevisto acontece, cobramos da ciência uma solução, como se ela tivesse controle de tudo.
As pessoas também procuram essa estabilidade nas religiões, mas muitos estão parando de "pensar".
Quando digo pensar, refiro-me questionar, discutir, filosofar; mas isso tudo não são coisas estáveis, pois quando questionamos, vemos que o mundo é feito de possibilidades, nada é certo e isso tudo não é produtivo, pois pensar gasta tem e tempo é dinheiro.
Só devemos lembrar que os cientistas famosos foram grandes pensadores e para chegar em suas grandes descobertas, "perderam tempo" com esperiências erradas, mas que levaram ao acerto.

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